quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Hoje é dia de poesia...

Bom dia flor do dia!!!

sim, vocês são minhas flores do dia, cada recadinho que me deixam, cada palavra de incentivo, vocês me enchem de alegria!!
Obrigada, já são 100 mil visualizações no blog!!! 
MORRI!!!
kkkkkk

E vamo que vamo, cuidando do corpo e também da mente...
Decidi hoje, que as quartas feiras será dedicado ao dia da poesia, do conto, da dica literária...
Porque isso Lisiane?
Porque além de cuidar do corpo temos que cuidar da mente e do espírito!

Hoje vou postar um texto do poeta gaúcho Fabrício Carpinejar, adoro seus textos e para quem ainda não conhece, aí vai:

A ÚLTIMA BOLACHA RECHEADA DO PACOTE

A vingança é um efeito colateral da vaidade. É um sinal da arrogância que existia desde o começo da relação.
Ninguém se torna vingativo, as pessoas já são vingativas e demonstram a predisposição de destruir logo no primeiro encontro.
A vingança não é uma novidade do fim, mas uma notícia velha do início.
Não venha dizer que só conheceremos com quem a gente se casou quando nos separamos. A gente conhece de quem a gente vai se separar quando casamos.
Quem se acha demais acaba se vingando. Porque pensa que, ao namorar, realiza um favor. Porque pensa que, ao namorar, concede o bilhete premiado de sua companhia. Porque pensa que, ao namorar, está garantindo a simpatia de sua conversa, a gentileza de sua personalidade, a dádiva de sua alegria, o luxo de seu humor, atributos raros e impossíveis de se jogar fora.
Quem se acha demais não namora, na verdade dá uma chance.
O tipo narcisista se coloca na posição de provedor da verdade. É afetado, unilateral e autoritário – tornou-se assim pela beleza, pelo dinheiro ou pela projeção social.
A questão é que se enxerga perfeito e intocável e confunde sua presença amorosa com filantropia.
O narcisista não admitirá qualquer crítica, e a separação é a maior delas, discordância evidente de seu modo de vida.
Jamais aceitará que errou, jamais pedirá desculpa, jamais arcará com a responsabilidade de seus atos, jamais carregará culpa pelo distanciamento. Não tem humildade da autocrítica para acolher suas falhas, muito menos sente o remorso que vem da saudade. Não tem aquela pontada natural após uma ruptura, aquela tristeza baldia e consciência aguda de que foi desatento e que poderia ter sido diferente.
Não atravessa o luto, parte direto para a represália. Uma vez rejeitado, fará de tudo para mostrar que a pessoa nada é sem ele. Diante de uma ruptura, pode deflagrar perseguição, boicote e uma série de constrangimentos sociais. Procura humilhar quem antes adorava, procura rebaixar quem antes endeusava. Troca de lado: odeia com todo o ânimo quem amava.
Sua generosidade é investimento ou um modo de manter o controle da situação. O que oferece ao longo da convivência cobrará no final.
É tão centralizador que usa a dor para aumentar seu poder e castigará qualquer um que renunciou o prazer de seu reflexo.
O narcisista é vingativo por perceber o amor como uma monarquia. Sem ele, o outro não é nada, não tem história, não tem passado, não tem futuro. Distanciado de seu domínio, perde o direito à coroa e converte-se, de novo, em reles súdito.
A vingança é vaidade, mas não tema, não se acovarde.
A última bolacha recheada do pacote ficará para as formigas.


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Alguém se identificou com o texto?
Vamos ser mais humildes, minha gente...
bjos no coração

3 comentários:

  1. Respostas
    1. Isso mesmo Line, arrasei nas visualizações...que se mantenha, ou melhor, que multiplique!!!
      bjs

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  2. amiga!!! vc nos inspira! sua historia faz com que a gente continue vindo aqui todos os dias!!!
    amo muito vim aqui! mesmo quando vc desanima sei que la dentro vc ainda volta para o foco como nos!!
    beijos amada

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